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segunda-feira, 9 de maio de 2011


O degolado


Na pequena cidade em que moro existe uma lenda que é contada de pai para filho desde muito tempo atrás, na época da fundação do vilarejo.
Meu bisavô, enquanto vivo, contou esta história para mim e meus primos em sua casa numa noite de chuva.
A divisão das terras locais era feita por intermédio de cercas (método até hoje utilizado). Um dos descendentes dos três irmãos que fundaram a vila e dono da maioria das terras locais era um homem muito bruto e perigoso. Ele gostava de perseguir os viajantes incautos que invadiam suas terras sem querer.
Muitos homens foram mordidos pelos seus cães, ou perseguidos por ele e seus lacaios armados até os dentes e rindo debochados pela cara de medo dos coitados.
Meu bisavô contou que uma certa vez, um rapaz estranho vinha de passagem pelos arredores da cidade. O jovem entrou despropositadamente no território do fazendeiro, que logo que soube da situação pela boca de um de seus trabalhadores, desatou à cavalo em busca de divertir-se às custas da desgraça dos outros.
Os cães logo encontraram o rapaz, que descansava embaixo de uma árvore frondosa na margem da cerca de arame farpado que separava a estrada de barro que levava até a cidade da propriedade do homem.
O homem chamou a atenção do rapaz e disse que ele iria pagar o preço de ter invadido sua propriedade. Ele soltou os cães sobre o jovem que gritava enquanto tentava escapar dos ferozes animais. O homem observava alegre ao jovem sendo dilacerado pelos cães.
Nos últimos momentos ele chamou os cães e foi escarnecer o moço que se encontrava caído e empoçado pelo próprio sangue. O rapaz tinha em todas as suas partes as marcas dos dentes do animais. Ao perder as forças o morimbundo rogou uma maldição sobre o homem, dizendo que ele pagaria pelo resto da eternidade o que havia feito com ele e com os outros viajantes. Logo após ele morreu e foi deixado lá para apodrecer pelo maldoso homem que saiu dali perseguido por um medo incessante.
Meses depois, o homem foi realizar mais uma maldade com outro viajante. Mas desta vez ele não voltou. Os seus empregados encontraram seu corpo pendurado pelo pescoço na mesma árvore em que havia matado o peregrino da última vez. Nenhum de seus cães foram avistados nunca mais. E ninguém teve coragem de retirá-lo dali, pois seus olhos estavam arregalados e cheios de sangue, o que os fazia ficar vermelhos. Deixaram o corpo para a polícia retirar e averiguar.
Naquela época isso demorava muito e apenas no outro dia a polícia chegou ao local. Mas o corpo do homem agora estava no chão e sem a cabeça. Ninguém jamais soube explicar quem havia feito aquilo, pois ninguém teria coragem de ir até aquelas brenhas na escuridão da noite. A cabeça do homem foi encontrada dias depois boiando na enorme lagoa que dá nome à cidade.
Hoje as pessoas têm medo de passar naquele trecho da estrada, que agora é de asfalto, mas ainda passa do lado da árvore citada na história. Vários relatos afirmam ter visto um homem pendurado na antiga árvore, ou um homem todo ensanguentado sentado à beira da estrada, ou ainda latidos fortes nas noites mais frias.
Esta é uma das lendas urbanas mais conhecidas de minha cidade. As pessoas acreditam realmente que existe algo de sobrenatural naquele lugar e evitam passar por lá de madrugada.
Um fenômeno fantástico e uma história rica em detalhes. Acreditem se quiser, mas cada palavra aqui escrita foi retirada das histórias relatadas pelos moradores da região. E pasmem, o homem que morreu degolado era sobrinho do meu bisavô e dizem que a marca da maldição perdura até hoje no ventre de minha família. Será?

domingo, 8 de maio de 2011

A maldição do quadro do Menino Chorão

Giovanni Bragolin era o codinome do pintor Bruno Amadio que ficou famoso por pintar 27 quadros de crianças chorando que foram vendidos em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. Em especial um conhecido como “O menino chorão”, conta a história que o quadro retrata um menino de um orfanato e que anos mais tarde, quando o orfanato pegou fogo, seu espírito ficou preso na pintura.

Desde então, diz-se que quem possue o quadro ou cópias dele sofrem de todo tipo de desgraça, pois o quadro é maldito. Continue reading “A maldição do quadro do Menino Chorão” »

A Origem Sangrenta dos Contos de Fadas

é isso aí! Quem sempre pensou que a Cinderela fosse sempre boazinha, e que a Chapeuzinho Vermelho era toda inocente se engana, e muito! Nessa postagem vou mostrar Como surgiram os contos de fadas mais populares entre as criancinhas. Se vc não quer tirar a inocencia de seus classicos infantis preferidos, eu recomendo a não ler essa postagem. Vá se divertir com os outros posts ou (se vc ja leu os outros posts) vá para outro site. + se quer ficar e descobrir como eram contados esses clássicos na Idade Média, só tenho uma coisa a dizer…Divirta-se! ;)
(postagem retirada da Mundo Estranho numero 98)
Chapeuzinho Vermelho…

Adivinhação supersticiosa do futuro por meio de evocação dos mortos. Magia negra ou diabólica?


Necromancia
Ilustração de pessoa com um cadáver Cemitérios e tumbas estão se tornando centros de histórias, lendas de terror e mistério. Nenhuma delas é tão terrível como as de necromancia que vem acontecendo ocasionalmente através da história. Essa horrível prática de despertar a morte para obter informações do futuro tem suas origens na crença de viagem da morte para outro mundo. Acredita-se que os recém-mortos, cujos corpos ainda estão intactos, mantém relações com a vida e estão mais sensíveis à prática de contatá-lo e questioná-los.
Alguns relatos situam o começo dessa prática na América. Uma tribo indígena roubou o corpo de um chefe de outra tribo algumas horas depois de morto. Colocaram o corpo em um círculo desenhado na terra e começaram a fazer perguntas sobre o futuro e as possibilidades de caça.
Essas práticas foram mais comuns na costa leste da América do Norte. De acordo com escrituras, a Bruxa de Endor chamou o espírito do profeta Samuel para contestar as perguntas do Rei Saul. No primeiro livro de Samuel fica claro que seu espírito estava presente quando a bruxa o chamou. O Rei Saul se pergunta como agradecer a Deus a presença do espírito de Samuel, porém, Saul lamentou não ter seguido as prevenções e instruções do espírito. No dia seguinte seus dois filhos morreram. Saul vai a guerra e morre.
Morra de Medo

Os antigos romanos também praticavam a necromancia. Desenterravam um morto, faziam uma cerimônia ao redor do corpo, despertavam o espírito e começavam a questioná-lo.
A mais famosa prática de necromancia foi no século XVI, em Walton-Le-Dalo, Lancashite. O evento foi praticado por John Dee, um conhecido e respeitado matemático que desenvolveu um grande interesse no ocultismo. Foi esse interesse que causou sua própria morte. Dee estudou na universidade de Cambridge na Europa. Escreveu numerosos livros matemáticos complexos. Um desses era o estudo do calendário, outro era os avanços da ciência de navegação. Esses trabalhos o fizeram Professor de Cambridge. Em 1550, com seus 24 anos de idade, Dee se dedicou a astrologia. Ele lia horóscopo de homens e mulheres. Foi acusado de heresia e de tentar assassinar a Rainha Mary pela Magia Negra. Ficou dois anos preso e conseguiu escapar com vida da cadeia. Deixou a astrologia para se dedicar à alquimia e a vários experimentos. Conheceu um irlandês chamado Edward Kelly que se dizia expert em Magia Negra. Kelly já teria praticado a necromancia. Tentaram realizar um experimento com o cadáver de Paul Waring em Walton-le-Dale. Kelly desenhou o círculo, rezou e o morto retornou a vida e Kelly começou a questioná-lo.
Está comprovado com alguns experimentos e documentos que se podem chamar os espíritos pela necromancia. Devem ser tomadas precauções nas práticas de necromancia. Eliphas Levi, quem tentou um experimento em 1858, em vez de comunicar-se com o espírito, se comunicou com um demônio. Ele mesmo escreve em sua obra que se deve ter muito cuidado com essa prática. Ele a descreve como destrutiva e perigosa.
FONTE: Mundo da Magia

Historias de terror – A Pior História de Terror do Mundo Jamais Contada

… e então o casal gritou, foram as crianças que tinha sido assassinadas!
Todos ao redor da fogueira surpreenderam-se com o fim da história.
Eram três casais acampando perto de uma cachoreira. Uma churrasqueira improvisada com tijolos ia deixava a carne ao ponto e enquanto isso eles divertiam-se contando histórias de terror. Acabara de terminar a terceira da noite.
- Gente… eu tenho uma boa…
- Então conta – pediram algumas vozes em coro.
- Não é tão simples assim… é uma história muito feia mesmo… terrível. Não sei se é verdadeira ou não, algumas pessoas juram que aconteceu mesmo, outras dizem que é tudo invenção… só sei que eu quase me borrei quando ouvo.
- Então conta logo!
- Tem certeza que querem mesmo ouvir?
- Sim – dizem alguns, outros assentem com a cabeça.
- Mas eu já vou avisando que é muito feia mesmo… eu que não sou de me impressionar tive pesadelos depois de ouvir.
- Já tô ficando com medo – diz uma garota magra, apertando-se contra o namorado com quem já estava de braços dados.
- Sobre o que é?
- Ah, só conforme eu for contando que vocês vão descobrir… senão perde completamente a graça.
- É sobre vampiros?
- Não.
- Lobisomens?
- Não.
- Zumbis?
- Não.
- Assassinos, fantasmas, lendas urbanas, animais assassinos, serial-killers, palhaços, tortura?
- Nada disso… é sobre uma coisa que a princípio não tem nada de aterrorizante mas conforme as coisas vão se desenrolando fica assustadoramente insuportável.
- Conta logo então!
- Certo, eu conto. Mas com a condição de que todo mundo aqui concorde em ouvir. E aviso pela última vez: É uma história de terror MESMO, horrível… Eu tô com ela na cabeça até hoje. Querem mesmo?
Todo mundo faz que sim com a cabeça, menos uma loirinha. Ela diz:
- Larga a mão disso… Não quero saber!
Ela toma uma vaia, levanta contrariada e vai para sua barraca. Seu namorado vai logo atrás, depois de lançar um olhar recriminador para os outros.
Uma outra moça diz para o namorado:
- Precisava ter vaiado ela? A coitada magoou…
- Ah, quem mandou ser fresca?
- Então quer dizer que se fosse eu que ficasse com medo e não quisesse ouvir você não ia me apoiar? Tá bom, pode deixar – ela se levanta e vai para a outra barraca. Seu namorado, depois de um olhar abobalhado para o casal remanescente vai atrás dela.
- Viu o que você fez? – pergunta a última moça, namorada do cara que ia contar a história.
- Mas…
- Não tem nada de “Mas…” não! Sobrou pra nós dois vigiarmos a churrasqueira, acabou a noite! Seu sem graça…
E assim a pior história de terror do mundo acabou não sendo contada.